segunda-feira, junho 06, 2011

Não Há Sabedoria Em Pecar

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           O mundo dividiu os homens em duas classes: os bons e tolos, e os ímpios e inteligentes.
           Essa falsa classificação marca grande parte da literatura dos últimos séculos, dos clássicos às tiras cômicas, de Polonius de Shakespeare, que deu ao seu filho uma série de boas, mas insípidas trivialidades morais, à personagem da revista em quadrinhos, "Capp's Li'l Abner", que nunca praticaria um ato injusto conscientemente, mas que preferiria cair de cabeça a cair de pé, porque havia mais sentimento em seus pés que em sua cabeça.
          Nas Sagradas Escrituras, as coisas são completamente opostas. Ali a justiça é sempre associada à sabedoria, e o mal à estultícia. Sejam quais forem os outros fatores que podem estar presentes em um ato mau, um fator que nunca está ausente é a estultícia. Para praticar um ato injusto, em princípio, o homem tem que pensar de forma errônea; tem de exercer mau julgamento.
          Se isso é verdade, o diabo é o principal estulto da criação, pois quando ele jogou toda a sua habilidade para destronar o Todo Poderoso, tornou-se culpado de um ato de julgamento tão ruim que tocou as raias da imbecilidade. Diz-se que ele tinha grande sabedoria, mas sua sabedoria deve tê-lo abandonado por ocasião de seu primeiro pecado, pois é certo que subestimou, de forma crassa, o poder de Deus, como, de modo tosco, exagerou o seu. Agora o diabo não é descrito nas Escrituras como sábio, mas apenas como astuto. Somos advertidos não contra sua sabedoria, mas contra sua astúcia, coisa muito diferente [...].
          O pecado, repito, além de tudo mais que posser ser, é sempre um ato de jugalmento errado. Para cometer um pecado, o homem tem de acreditar, por algum tempo, que as coisas são diferentes do que realmente são [...].
          O pecado jamais é algo de que podemos nos orgulhar. Nenhuma ação que ignore as consequências remotas é sábia, e o pecado sempre as ignora. O pecado só vê o hoje, ou, no máximo, o amanhã; nunca o depois de amanhã, o mês seguinte, o ano seguinte. A morte e o juízo são deixados de lado, como se não existissem, e o pecador acaba por se tornar um ateu prático que, por seu modod de agir, nega não somente a existência de Deus, mas também o conceito de vida após a morte [...].
          A noção de que o pecador negligente é um sujeito vivo, e de que o cristão sério, apesar de bem intencionado, é um tolo imbecil completamente desligado da vida, não resiste a um bom exame [...].
          É tempo de a juventude desta geração aprender que não há nenhuma esperteza em cometer delitos e nenhuma tolice na retidão. Temos de parar de negociar com o mal. Nós, os cristãos, devemos parar de pedir desculpas por nossa posição moral e começar a fazer com que nossa voz seja ouvida, ao desmascarar o pecado como o inimigo da raça humana, o que, com certeza, ele é, e ao expor a retidão e a verdadeira santidade como os únicos objetos dignos do interesse dos seres morais.

(Extraído do livro de A. W. Tozer "Homem - Habitação de Deus")

sexta-feira, junho 03, 2011

EXEMPLOS DE JESUS - 03

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SUA DEVOÇÃO CONSTANTE

          Outro exemplo do Seu amor a Deus foi demonstrado por Seu prazer em conversar com Ele pela oração, o que O levou a retirar-Se frequentemente da presença das coisas do mundo e, com a maior devoção e satisfação, passar noites inteiras nesse exercício celestial, apesar de não ter pecados para confessar e de ter apenas uns poucos interesses seculares pelos quais orar. Infelizmente, tais coisas seculares são quase as únicas que nos incitam a fazer nossos atos de devoção! Quanto a Cristo, podemos dizer que toda a Sua vida foi uma espécie de oração, um constante curso de comunhão com Deus. Mesmo que nem sempre se oferecia sacrifício, o fogo do altar estava sempre aceso. E o nosso Senhor Jesus, sempre bendito, nunca foi surpreendido por aquela lentidão ou mornidão de espírito que muitas vezes temos que combater, antes de podermos estar aptos para o exercício da devoção.

SEU AMOR PARA COM OS HOMENS

          Em segundo lugar, devo falar do Seu amor e da Sua caridade para com todos os homens. Mas, quem quiser expressar Seu amor e Sua caridade terá que transcrever a história do evangelho e comentá-la, porquanto dificilmente se verá registrado que Ele tenha feito alguma coisa ou dito alguma palavra que não visasse o bem e o proveito deste ou daquele [...].
          Nunca era mal recebido quem quer que viesse a Ele com intenção honesta, nem tampouco Ele jamais negou atender a qualquer pedido que realmente visasse o bem dos que o faziam [...].
          Que outra prova mais poderíamos desejar do seu ardoroso e irrestrito amor do que o fato de que Ele deu voluntariamente Sua vida até por Seus cruéis inimigos, e, misturando Sua oração com Seu sangue, rogou ao Pai que eles não fossem responsabilizados por Sua morte, porém que ela se tornasse o meio pelo qual Ele obtivesse a vida eterna justamente para aquelas pessoas que a procuravam?

(Extraído do livro de Henry Scougal "A Vida De Deus Na Alma Do Homem" - Editora PES).



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quarta-feira, junho 01, 2011

EXEMPLOS DE JESUS - 02

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SUA PACIÊNCIA EM SUPORTÁ-LA NAS AFLIÇÕES

          Ele suportou as mais agudas aflições e as mais extremas misérias que já foram infligidas a qualquer mortal, sem um pensamento queixoso nem uma palavra de descontentamento. Embora estivesse longe de possuir uma insensibilidade néscia ou uma obstinação estóica ou fantasiosa, Ele sentia vividamente dor como os outros homens, e teve intensa percepção do que estava para sofrer em sua alma quando "o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue" e Ele se sentiu "profundamente triste, até à morte" (Lucas 22: 44 e Marcos 14:34), como Ele declarou mais de uma vez. Não obstante, rendeu-se inteiramente àquela severa dispensação da Providência, à qual aquiesceu de boa vontade [...].
          Contudo, considerando a vontade de Deus e a gloória que redundaria para Ele dali em diante, Ele não somente se contentou em sofrê-lo, mas o desejou.

(Extraído do livro de Henry Scougal "A Vida De Deus Na Alma Do Homem" - Editora PES).



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