De acordo com o livro "Celebração da Disciplina" de Richard Foster, as disciplinas se dividem em três tipos:
- Disciplinas interiores;
- Disciplinas exteriores e
- Disciplinas comunitárias.
Disciplinas Interiores são: meditação, oração, jejum e estudo bíblico.
Disciplinas Exteriores são: simplicidade, solitude, submissão e serviço.
Disciplinas Comunitárias são: confissão, adoração, orientação e celebração.
O exercício das disciplinas supra citadas, assegura Richard Foster, são a "porta de entrada para a liberdade". Tendo em vista que nada se ouve a respeito disso nos círculos cristãos atuais, o que é um perplexidade, considero de absoluta relevância que nós, participantes dessa extensa família cristã global, devamos nos inteirar (ainda que superficialmente) sobre esse assunto de extrema importância para quem deseja viver a vida cristã, realmente. Recomendo a todos que adquiram o livro "Celebração da Disciplina" para um entendimento mais acurado do assunto em questão.
"A superficialidade é a maldição do nosso tempo. A doutrina da satisfação instantânea é o principal problema espiritual. A necessidade desesperada de hoje não é a de um número maior de pessoas inteligentes nem de pessoas talentosas, mas de pessoas com profundidade.
As disciplinas clássicas (no sentido de serem essenciais ao cristianismo vivencial) da vida espiritual convocam-nos a sair da superfície e morar nas profundezas. Elas nos convidam a explorar as cavernas situadas nos domínios do mundo espiritual. Elas instam conosco a sermos a resposta a um mundo vazio.
Não devemos ser levados a acreditar que as disciplinas são apenas para os gigantes espirituais - e que, por isso, estão fora de nosso alcance - nem que servem somente para os contemplativos, que devotam todo o seu tempo à oração e à meditação. Longe disso! O desejo de Deus é que as disciplinas espirituais sejam praticadas por seres humanos comuns: pessoas que têm emprego, que cuidam de crianças, que lavam pratos e que retiram o lixo. De fato, a prática das disciplinas é melhor quando ocorre em meio aos relacionamentos que mantemos com marido ou mulher, irmãos e irmãs, amigos e vizinhos.
Também não devemos supor que as disciplinas espirituais sejam um exercício penoso e enfadonho, com o objetivo de exterminar o riso da face da terra. O contentamento é o tom básico de todas as disciplinas, e o propósito delas é libertar o ser humano da escravidão sufocante ao interesse próprio e ao medo. Se o espírito interior for liberto dos pesos excedentes, dificilmente tal exercício será descrito como penoso e enfadonho. Cantar, dançar e até mesmo gritar fazem parte das disciplinas da vida espiritual.
(...)
Uma palavra de cautela faz-se necessária logo de início: conhecer a mecânica não significa que estamos praticando as disciplinas. As disciplinas espirituais são uma realidade interior e espiritual, e a atitude íntima do coração é de longe mais crucial que a mera atitude mecânica para adentrar a realidade da vida espiritual.
No entusiasmo de praticar as disciplinas, pode ser que fracassemos em praticar a disciplina. A vida que agrada a Deus não é a que acumula deveres religiosos. Temos uma única coisa a fazer: experimentar uma vida de relacionamento e de intimidade com Deus, o "Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes" (Tiago 1:17)."
(Trecho extraído do livro "Celebração da Disciplina" de Richard Foster - Editora Vida)
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